sábado, 13 de outubro de 2007

A realidade bíblica do castigo eterno (inferno)

Uma das muitas heresias existentes meios religiosos afora é a que nega a existência do castigo eterno, ou seja, em outras palavras, não existe o inferno. São membros destacados dessa corrente herética as Testemunhas de Jeová e os Adventistas, além de outros movimentos recentes de menor expressividade.

Dizem eles que os não-salvos simplesmente deixarão de existir, perderão suas consciências de existência, portanto, não provarão do castigo eterno; é a chamada teoria do aniquilacionismo da alma, da consciência do individuo. As TJs herdaram este ensino herético dos adventistas, de onde eles saíram por dissensões doutrinárias. Ambos os grupos apregoam esta heresia, talvez justamente por temerem passar a eternidade separados da glória de Deus e queimando no fogo do inferno, mas não podemos negar uma verdade bíblica simplesmente por ela nos causar incomodo, costumo sempre dizer que nossos pensamentos é que tem que se amoldarem as verdades bíblicas e não a Bíblia se amoldar as nossas conveniências.

A Bíblia é clara no ensino da existência e realidade do castigo consciente e eterno. A morte que os adeptos alegam ser a aniquilação da alma, é, na verdade, a separação eterna de Deus, no fogo eterno do inferno. Textos como Dn 12:2 “E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno”, Ap 14:10b “e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro” e Ap 21:8 “Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte”, deixam bastante claro tanto uma das finalidades do castigo eterno, que é a vergonha e separação eterna de Deus, bem como a realidade deste castigo para os ímpios, pois um ser sem consciência de existência não tem como sentir ‘desprezo’, ‘vergonha’ e ‘tormento’. Textos como Mt 10:28, 13:49,50 e 22:13, só vêm a reforçar esta verdade bíblica, pois somente quem está vivo e consciente do que está sentindo pode ‘prantear e ranger os dentes’.

Nós, os seres humanos, criados e feitos como a imagem e semelhança de Deus, herdamos algumas características do nosso Criador, entre muitas semelhanças encontra-se a imortalidade. Não somos eternos como Deus, pois tivemos um início, mas somos imortais, pois Deus quis que herdássemos essa característica dEle. O Texto de Mc 9:43,44 é bem claro a este respeito: “E, se a tua mão te escandalizar, corta-a; melhor é para ti entrares na vida aleijado do que, tendo duas mãos, ires para o inferno, para o fogo que nunca se apaga, onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga”.

A realidade do castigo e da dor eterna pode também ser percebida nos textos de Mt 25:41,46 “dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos; E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna”, Ap 14:11 “E a fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre; e não têm repouso nem de dia nem de noite os que adoram a besta e a sua imagem, e aquele que receber o sinal do seu nome” e Ap 20:10 “E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre”.

A parábola do rico e Lázaro, que se encontra em Lc 16:19-31, nos dá uma luz bastante útil para concluirmos a explanação deste tema, tanto é, que convém transcrever os versos 22-28 da referida passagem, que diz: “E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado. E no Hades, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio. E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado. E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá. E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai, Pois tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este lugar de tormento”. Mesmo que se aceite que esta parábola foi algo que nunca aconteceu na realidade, que foi apenas um cenário ilustrado por Cristo, tem-se que se admitir que ela repassa ensinos reais. Nesta parábola vemos cair por terra muitas das crenças jeovistas. A primeira diz respeito da não presença do crente com Cristo após a sua morte; oras, o texto é claro ao afirmar que imediatamente após morrer o mendigo Lázaro foi levado para um lugar de gozo, no caso o seio de Abraão, ver Lc 23:43. Percebemos também a realidade de um tormento pré-julgamento final, e mais que disso, a consciência desse tormento “porque estou atormentado nesta chama”. Concluímos também a realidade da separação eterna, que é a morte espiritual, já que “está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá”.

Por fim, uma análise do texto grego acaba de vez com a pretensão aniquilacionista. A expressão idiomática grega “eis tous anônas ton aiônôn” não significa, em hipótese alguma, um extermínio puro e simples. Esta sentença grega quer dizer “até as eras das eras”, “até os séculos dos séculos”, “para sempre” ou “eternamente”, ou ainda “aquilo que não tem fim”. É esta a expressão que se encontra nos textos de Rm 16:27; 1 Tm 1:17; Hb 13:21; 1 Pe 4:11; Ap 1:6, bem como para descrever a vida eterna em Jo 3:16; esta mesma expressão é usada em Mt 18:8; Ap 14:11 e Ap 20:10 para descrever o tempo do tormento eterno no inferno.

Por Anchieta Campos

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